Nesta quarta-feira (21), o Brasil se despediu de uma das maiores vozes da música romântica, a cantora Diana, que faleceu aos 76 anos. A notícia foi confirmada nas redes sociais pelo filho da artista, André Iorio, que compartilhou sua tristeza e saudade pela partida da mãe. Diana foi encontrada sem vida nas primeiras horas da manhã em sua residência na cidade de Araruama, no Rio de Janeiro. Apesar dos esforços para reanimá-la no pronto-atendimento de Iguaba Grande, município próximo, os profissionais de saúde não conseguiram reverter o quadro.
André Iorio, em sua mensagem emocionante no Facebook, expressou a dor da perda e o quanto sentirá falta da mãe. Em sua publicação, ele relembrou com carinho as peculiaridades de Diana, como sua personalidade forte, suas conversas marcantes e as aventuras pelos palcos do Nordeste, onde ela se apresentava para milhares de fãs. O legado de Diana, marcado por suas canções e presença inigualável nos palcos, é um testemunho de sua influência na música popular brasileira, especialmente no gênero romântico.
Ana Maria Siqueira Iorio, mais conhecida como Diana, conquistou o público brasileiro com sua interpretação única de baladas românticas. Uma de suas canções mais icônicas é “Porque Brigamos”, uma versão da música “I Am… I Said”, de Neil Diamond, lançada em 1972. Esse sucesso foi parte do álbum autointitulado “Diana”, que também trouxe a música “Ainda Queima a Esperança”, composta por Raul Seixas e Mauro Motta. Esses hits solidificaram sua carreira e a tornaram uma das cantoras mais queridas do Brasil na década de 1970.
Durante o auge de sua carreira, Diana foi frequentemente comparada a Roberto Carlos, sendo considerada sua contraparte feminina, especialmente por seu repertório repleto de canções românticas. Seus shows, que chegavam a durar duas horas e meia, eram um reflexo do carinho e dedicação que ela tinha por seus fãs. Diana também teve uma vida pessoal que frequentemente se misturava com sua carreira. Ela foi casada com o cantor e compositor Odair José, com quem gravou a canção “Foi Tudo Culpa do Amor”, em 1974. A música foi inspirada nas constantes discussões do casal, que muitas vezes se tornavam públicas, mas que também mostravam a intensidade de sua relação.
Com o passar dos anos, Diana começou a perder espaço na grande mídia, especialmente a partir dos anos 1980. Contudo, ela nunca abandonou os palcos e continuou a se apresentar para seus fãs fiéis. Em 2013, a cantora Bárbara Eugênia regravou “Porque Brigamos”, proporcionando um reencontro emocionante entre as duas artistas durante a gravação de um clipe, promovido pelo jornal Folha de S.Paulo. A influência de Diana na música romântica brasileira foi reafirmada quando Marília Mendonça, junto com a dupla Maiara e Maraísa, também regravou a icônica canção no projeto “As Patroas”, introduzindo seu legado a uma nova geração de ouvintes.
O velório de Diana está marcado para ocorrer na Capela Municipal de Araruama, no Rio de Janeiro, a partir das 10h desta quinta-feira (22). O evento será uma oportunidade para amigos, familiares e fãs se despedirem de uma artista que marcou a história da música romântica brasileira. Mesmo após sua partida, as músicas de Diana continuarão a ecoar, preservando sua memória e seu impacto na cultura nacional. Sua contribuição à música é indelével, e seu legado será lembrado por todos que foram tocados por suas canções.
A despedida de Diana não é apenas um adeus a uma grande cantora, mas também a uma era da música romântica brasileira que ela ajudou a definir. Sua voz, que embalou gerações de brasileiros, continuará viva nas gravações e nas lembranças de quem teve o privilégio de acompanhar sua carreira. A cantora deixa para trás não apenas uma discografia rica, mas também um exemplo de paixão pela música, que continuará a inspirar futuros artistas.